Sobre nós

Comissão Pastoral da Terra 

   A Comissão Pastoral da Terra de Corumbá foi criada em 1987, durante o período de ditadura militar, para defender os direitos dos trabalhadores rurais assentados nas Terras do Município de Corumbá. Após anos de ocupação e luta, ampliou o seu trabalho em resposta as demandas levantadas pelos grupos de mulheres da periferia urbana e pelas comunidades tradicionais do Pantanal de Paiaguás, colocando-se ao lado destes povos no processo de luta pela Terra e pela melhoria das condições de vida através de novos projetos de formação e geração de renda.  
   
   A  Agricultura Familiar é o enfoque principal das atividades da CPT e merece um destaque especial no trabalho da entidade, tanto na organização da produção, quanto da comercialização.
A CPT/Corumbá quer ser uma presença solidária, ecumênica, fraterna e afetiva que presta um serviço educativo e transformador para estimular e reforçar o protagonismo dos povos da terra e das águas. Dentro do espírito que lhe é próprio, a entidade realiza um trabalho de base junto aos povos da terra e das águas, como: convivência, promoção, apoio, acompanhamento e assessoria:
1. nos seus processos coletivos: de conquista dos direitos e da terra, de resistência na terra, de produção sustentável (familiar, ecológica, apropriada às diversidades regionais);
2. nos seus processos de formação integral e permanente: a partir das experiências e no esforço de sistematizá-las;
3. na divulgação de suas vitórias e no combate das injustiças: sempre contribuindo para articular as iniciativas dos povos da terra e das águas e buscando envolver toda a comunidade cristã e a sociedade, na luta pela terra e na terra, rumo à “terra sem males”.
O propósito da presença histórica da CPT/Corumbá no Pantanal Profundo é apoiar as populações esquecidas pelos poderes públicos, e silenciadas pelos grupos locais de poder, na reivindicação dos seus direitos fundamentais e na melhoria das condições do bem viver em harmonia com o espaço natural. No curso desta atuação o principal objetivo da CPT/Corumbá sempre foi sensibilizar e pressionar os poderes públicos locais acerca da existência e da condição de exclusão das comunidades tradicionais do Pantanal de Paiaguás circunvizinhas às margens do rio Taquari.
 

 



PROJETO GERAÇÃO DE RENDA PARA AS COMUNIDADES DO PANTANAL

Objetivo Geral 

    O objetivo geral do projeto é promover a geração de renda e melhorar as condições de bem viver das 06 comunidades tradicionais da região do Pantanal de Paiaguás (Corixão, Cedro, Cedrinho, Bracinho, Limãozinho e São Domingos) no município de Corumbá, Estado do Mato Grosso do Sul, Centro-Oeste brasileiro, através do acompanhamento na produção, transformação e comercialização dos produtos nativos e cultivados localmente.

 Metodologia

    A metodologia do projeto intende integrar ações de capacitação dos participantes, como cursos e oficinas, e ações de implementação dos cursos e das oficinas, como instalação de agro florestas, viveiros, quintais produtivos e unidades de transformação das frutas. Os participantes diretos do projeto serão os moradores das 06 comunidades tradicionais, ou seja cerca de 169 famílias por um total de cerca 469 pessoas, com foco nas mulheres e nos jovens.

 

    O projeto quer atingir como resultado primário a melhoria das condições de bem viver das populações das comunidades tradicionais do Pantanal de Paiaguas, concretizada na geração de uma renda mais estável para as famílias participantes graças a produção, transformação e comercialização dos produtos nativos e cultivados. O projeto quer também atingir a capacitação das populações das comunidades na gestão da produção agroecológica, transformação e comercialização dos alimentos, em particular para mulheres e jovens, tendo eles uma função marginal na gestão econômica e social das comunidades. Em fim o projeto quer atingir como resultado uma primeira aproximação de organizações de base comunitárias para conseguir uma maior autonomia das comunidades, através da constituição de conselhos gestores e da instalação de um diálogo com as outras organizações de comunidades pantaneiras.